terça-feira, 18 de setembro de 2007

18 de Setembro


"Ao meu coração me ocorre; Buscai a minha presença; buscarei, pois, Senhor, a tua presença." Sl 27.8


É necessario esperar em Deus, a fim de vermos a Deus, de termos uma visão dele. O elemento tempo é essencial na visão. Nosso coração é como uma sensivel chapa fotografica, e para termos Deus revelado ali, precisamos sentar-nos a seus pés por muito tempo. A face encrespada de um lago não reflete o céu.

Se queremos ver a Deus, nossa vida precisa estar quieta e em repouso. A visão de certas coisas tem o poder de afetar uma vida: um calmo pôr-do-sol poderá acalmar um coração agitado. A visão de Deus sempre trasforma a vida humana.

Jacó viu a Deus em Jaboque, e passou a ser Israel. A visão de Deus transformou Gideão, de covarde, em um soldado valoroso. A visão Cristo mudou Tomé, de seguido temeroso, para discipulo devotado e leal.

Os homens têm tido visões de Deus desde os tempos biblicos. William Carey viu a Deus, e deixou seu banco de sapateiro para ir a India; Davi Livingstone viu a Deus, e deixou tudo para segui-lo através das selvas escuras da Africa. Dezenas e centenas de pessoas têm tido visões de Deus e hoje estão nos confins da terra, trabalhando para apressar a evangelização do mundo.

É muito raro haver um silencio completo na alma. Deus está nos falando baixinho, bem de perto, incessantemente. Sempre que os sons do mundo cessam na alma. ou se empalidecem, ouvimos o murmurar de Deus. ELE está sempre falando baixinho aos nossos ouvidos. Se nós não ouvimos, é por causa do barulho, da pressa e da distração que a vida produz enquanto passa veloz.


Texto extraido do livro "Mananciais no Deserto."

sexta-feira, 14 de setembro de 2007

Operando Deus, quem impedirá?


Isaías 43.13: "Eu sou Deus; também de hoje em diante, eu o sou; e ninguém há que possa fazer escapar das minhas mãos; operando eu, quem impedirá?" NINGUÉM!

Vemos, nas páginas da Bíblia, inúmeras ações e fatos querendo barrar o mover de Deus, parar o projeto do Pai Eterno na vida de seus filhos, do seu povo, mas em nenhum momento alguém impediu Deus. Tentaram, mas não conseguiram. Ao lermos o livro de Êxodo, encontramos o povo de Deus diante do Mar Vermelho. Ali estavam, e faraó vinha atras, para os exterminar, mas o plano de Deus não era esse, o plano de Deus era livrá-los, e dar-lhes a terra prometida. Então, Deus abrir o mar, fez seu povo passar em seco, e os egípcios morreram afogados, quando tentaram perseguir o povo de Deus (leia Exodo 14.,21-28).

Maior é o que está em nós do que aquele que está no mundo - I João 4.4

Outrossim, no livro de Daniel, vemos o episódio dos três jovens hebreus, Sadraque, Mesaque e Abedenego, que, por não adorarem a imagem do rei Nabudonosor, foram jogados dentro de uma fornalha de fogo ardente. Todavia, veja, por somente servirem a Deus e não se curvarem diante do inimigo, Deus os livrou dentro do fogo, nem um fio de cabelo se queimou, os três jovens restaram ilesos (leia Daniel 3). Também no livro de Daniel, vemos quando Daniel foi lançado na cova dos leões, para ser devorado, morto; mas, tendo passado a noite, nenhum leão tocou em Daniel, pois Deus o livrou daqueles ferozes e famintos animais.

Deus é a minha salvação; terei confiança e não temerei - Isaías 12.2

Além disso, ao ler o livro de I Samuel, encontramos um gigante, chamado Golias, querendo matar os soldados do exercíto de Deus, assim, os filisteus ganhariam de Israel. Mas Deus, o Senhor dos Exercítos, não foi impedido de agir, Ele levantou Davi, o qual, com pedrinhas do ribeiro, arremessadas contra o gigante, mataram-no, e o povo de Deus foi triunfante (leia I Samuel 17). Diante de tantos casos (e poderíamos citar inúmeros outros), vemos que nada, nem ninguém pode impedir o mover de Deus, quando seus filhos são fiéis a Ele, e clamam por seus socorro, não há mar, gigante, fogo, leão, nada que impede o mover de Jesus em sua vida. Então, creia e se entregue de todo coração para Deus.

Se Deus é por nós, quem será contra nós - Romanos 8.31

Nunca esqueça, Jesus te ama muito e tem um lindo e tremendo plano com sua vida, então, entregue sua vida a Ele, agora mesmo.

quinta-feira, 13 de setembro de 2007

10 de Setembro

“ O que a mim me concerne o Senhor levará a bom termo...” (Sl 138.8)

Há no sofrimento um mistério divino, sim, um poder estranho e sobrenatural, que nunca foi penetrado pela razão humana. Não há alma que não tenha conhecido grande santidade, que também não tenha passado pro grande sofrimento. Quando a alma chega ao ponto calmo e doce de não abrigar preocupações, quando ela pode ter no intimo um olhar suave para com a própria dor e nem sequer pede a Deus para livra-la do sofrimento, então o sofrimento já cumpriu seu bendito ministério, então a paciência concluiu sua obra perfeita, então a crucificação começa a transformar-se em coroa.
É neste estado de maturidade no sofrimento que o Espírito Santo opera muitas coisas maravilhosas em nossas alma. Em tais condições, todo o nosso ser está inteiramente quieto sob a mão de Deus: cada faculdade da mente, da vontade e do coração está finalmente subjugada. Uma quietude vinda da eternidade ocupa todo o ser; a língua se aquieta e tem poucas palavras a dizer, ela para de fazer perguntas a Deus. Para de clamar: “ Porque te esquecestes de mim?”
A imaginação para de construir castelos na areia ou de voar para rumos vãos, a razão fica mansa e docil, as escolhas próprias são deixadas, a alma não deseja outra coisa senão o propósito de Deus. Nossa afeição se desliga de toda criatura e de todas as coisas; ela fica tão entregue a Deus, que nada pode ferir nosso coração, nada pode ofende-lo, nada pode dete-la, nada pode atravessar-se em seu caminho; pois sejam quais forem as circunstancias, o ser esta fazendo com que todas as coisas no universo, boas ou más, passadas ou presentes, contribuam juntamente para o seu bem.
Que felicidade é estarmos inteiramente subjugados! Perdermos a nossa própria força e sabedoria, e planos e desejos, e estarmos onde todos os átomos da nossa natureza são como o plácido mar da Galiléia sob os onipotentes pés de Jesus.
A grandeza está em sofrer sem ficar desanimado.
Texto extraido do livro "Mananciais no Deserto"

09 de Setembro

“...a terra era pouca...” (Mt 13.5)

Parece-nos, pelo ensino desta parábola, que nós temos alguma coisa a ver com o solo. A semente frutífera, caiu num “coração reto e bom”. Creio que há pessoas sem profundidades que são como o solo sem muita terra – aqueles que não tem um propósito real, que são movidos por qualquer apelo comovente, ou por um bom sermão, uma melodia sentimental, e que, a principio, parece que vão produzir alguma coisa; mas não há muita terra - não há profundidade, não há um propósito honesto e profundo, não há um desejo real de conhecer o dever a fim de cumpri-lo. Olhemos para o solo do nosso coração.
Quando um soldado romano era informado por seu dirigente de que, se insistisse em seguir determinada expedição, provavelmente iria morrer, a resposta era: “É necessário que eu vá; não é necessário que eu viva.”
Isto é profundidade. Quando estávamos assim convictos, alguma coisa resultara daí. A natureza superficial vive dos seus impulsos, impressões, intuições, instintos e, também, do que a cerca. O caráter profundo olha para além dessas coisas e, enfrentando tempestades e nuvens, avança para a região ensolarada do outro lado; ele espera pelo amanhã, que sempre traz o reverso da dor e da aparente derrota e fracasso.Quando Deus nos faz profundos, então pode dar-nos também sua verdades e segredos mais profundos e confiar-nos coisas maiores. Senhor, guia-me às profundezas da tua vida e livra-me de uma experiência superficial.
Texto extraido do livro " Mananciais no Deserto"

segunda-feira, 10 de setembro de 2007

08 de Setembro





"...na angustia me deste largueza..." (Sl 4.1)

Este é um dos maiores testemunhos dados pelo homem quanto ao governo moral de Deus. Não é uma palavra de ação de graças a Deus por ter sido livre de sofrimentos. É ação de graças por ter sido libertado através do sofrimento, pois diz:" Na angustia me deste largueza." Ele declara que as proprias tristezas foram a fonte de um alargamento na vida.
E voce já não descobriu mil vezes a verdade disto? Está escrito a respeito de José na prisão, qie o ferro entrou em sua propria alma. Todos nós sentimos que o de que José necessitava para o bem de sua alma era justamente o ferro. Ele tinha visto o brilho do ouro, tinha-se alegrado nos sonhos dos dias jovens, e o sonhos endurecem o coração. Quem derrama lagrimas sobre a narrativa de um romance não estará muito apto a servir de auxilio na vida real; a verdadeira tristeza lhe parecerá muito sem poesia. Precisamos do ferro para alargar a nossa natureza. O outo é apenas uma visão; o ferro é uma experiencia. A corrente que me liga à humanidade precisa ser de ferro. Aquele toque de humanidade que nos irmana com o mundo não é a alegria, mas a tristeza. O ouro é parcial, o ferro é universal.
Minha alma, se voce quer ser alargada na sua compaixão e na sua capacidade de sentir com os outros, precisa ser estreitada dentro de limites de sofrimento humano. A prisão de José foi sua estrada para o trono. Se o ferro ainda não entrou em seu coração, voce não é capaz de carregar a carga de ferro de seu irmão. As coisas que a limitam na verdade são as que a alargam. As sombras da sua vida é que são o verdadeiro cumprimento dos seus sonhos de glória. Não se queixe das sombras, minha alma, elas contêm revelações melhores do que as dos seus sonhos. Não diga que as sombras da prisão a acorrentaram, os grilhoes das horas sombrias na verdade são asas - asas que a levam em vôo para dentro do seio da humanidade. A porta da sua prisão dá para o coração do universo. Deus a tem alargado, através ds grilhoes da corrente do sofrimento.
Se José não tivesse sido prisioneiro, nunca teria sido governador do Egito. A cadeia de ferro em que prendeu seus pés foi a preparação para a cadeia de ouro que foi colocada em volta do seu pescoço.

Texto extraido do livro "Mananciais no Deserto"

sábado, 8 de setembro de 2007

07 de Setembro

"Deus é o nosso refugio e fortaleza, socorro bem presente nas tribulações." (Sl 46.1)

Muitas ezes surge a pergunta: " Por que ele não me socorreu antes?" Porque esse não é o seu modo de operar. Primeiro ele precisa nos ajustar à tribulação e ensinar-nos uma lição. A promessa é: " Estarei com ele na angústia, livra-lo-ei e o glorificarei". Primeiro ele precisa estar conosco no meio da tribulação, o dia todo e a noite toda. Então ele nos tirará dela. E isso só acontecerá depois que nós pararmos de ficar agitados e agastados a respeirto do assunto e ficarmos calmos e quietos. Entao ele dirá: "Basta."
deus usa a tribulação para ensinar preciosas lições a seus filhos. As tribulações visam a nos educar. E quando a sua boa obra está completa, uma gloriosa recompensa nos vem atraves delas. Há nelas um gozo suave e um valor real. Ele não as vê como dificuldades, mas como oportunidade.
Certa vez ouvimos de um crente já idoso, um homem de cor muito simples, uma coisa que nunca mais esqueceremos: " Quando Deus prova a gente, é uma boa hora para a gente tambem fazer prova de Deus. A gente pega as promessas de Deus e faz prova delas: vai tirando daí tudo o que é precioso para socorrer a gente naquela provação."
Há duas maneiras de se sair de uma tribulação. Uma é simplesmente procurar ficar livre dela e respirar aliviado quando tudo passou. Outra é aceitar a tribulação como um desafio de Deus, para tomarmos posse de uma grande benção, da maior benção já experimentada e saudá-la com alegria como sendo uma oportunidade de obtermos uma medida maior da graça de Deus. Assim, até mesmo o adversario se torna um auxiliar, e as coisas que parecem ser contra nós passam a servir para nosso progresso. Sem duvida, isto é ser mais do que vencedor por Aquele que nos amou.

Texto extraido do livro "Mananciais no Deserto".

quinta-feira, 6 de setembro de 2007

06 de Setembro


"... tu ... permaneces..." (Hb 1.11)

Há sempre muitas lareiras solitarias - sim, e quantas! E os que se assentam junto delas, ao lado da cadeira vazia, não podem conter as lagrimas que lhes brotam. Há pessoas que estão sempre muito sozinhas. Mas há um ser invisível ali mesmo ao seu alcance. É que, por alguma razão, não tomamos consciência da sua presença. Ter consciência desse fato é uma bênção, mas é raro. Pertence à disposição, aos sentimentos. Depende das condições do tempo e das condições fisicas. A chuva, a neblina lá fora, a noite mal dormida, a dor penetrante, estas coisas influem tanto em nossa disposição, que parecem obscurecer completamente aquela percepção. Mas há algo um pouco mais elevado do que ter consciência. É ainda mais maravilhoso. É independente de todas essas condições exteriores, e é algo que permanece. E é isto: o reconhecimento pela fé, daquela Presença invisivel, tão maravilhosa e tranquilizadora, que suaviza, acalma e aquece. Reconheça a presença dele, do Mestre. Ele está aqui, bem perto; sua presença é real. Reconhecer este fato nos ajudará a ter consciência dele tambem, mas o reconhecimento pela fé não depende de se ter ou não consciência dele.
Pois a propria verdade é uma Presença, não uma coisa ou mera afirmação.
Alguém está presente: um Amigo que nos quer bem, um Senhor todo-poderoso. E iso é uma confortante mesnagem para os corações que choram, qualquer que seja a razão das lagrimas.

Texto extraido do livro "Mananciais no Deserto"

quarta-feira, 5 de setembro de 2007

05 de Setembro


"...bem-aventurado todos os que nele esperam." (Is 30.18)




Ouve-se muito falar sobre esperar em Deus. Contudo há um outro lado nesta questão. quando esperamos em Deus, ele está esperando que estejamos preparados; quando esperamos por Deus, nós estamos esperando que ele esteja pronto.


Muitos dizem, e muits mais crêem, que no momento em que preenchemos as condições necessárias à resposta de uma oração, Deus a responde. Dizem estes que Deus vive num eterno agora; para ele não há passado nem futuro, e se pudermos cumprir tudo o que ele requer no caminho da obediência à sua vontade, as nossas necessidades serão supridas imediatamente, os nossos desejos, cumpridos e respondidas as nossas orações.


Há muita verdade nessa crença, contudo ela expressa apenas um lado da verdade. Embora Deus viva num eterno agora, ele opera os seus propósitos no tempo. Uma petição apresentada diante de Deus é como uma semente lançada no solo. Forças que estão acima e além do nosso controle trabalham sobre ela, até que é dada a plena frutificação da resposta.




" E a paciência estava disposta a esperar." - O Peregrino.




Texto extraido do livro "Mananciais no Deserto."

terça-feira, 4 de setembro de 2007

04 de Setembro


" E será que, tocando-se longamente a trombeta de chifre de carneiro, ouvindo vós o sonido dela, todo o povo gritará com grande grito; o muro da cidade cairá abaixo, e o povo subirá nele, cada qual em frente de si." (Js 6.5)




O grito da fé está em contraste direto com os lamentos da fé fraquejante e os queixumes do coração desanimado. Entre os muitos "segredos do Senhor", não conheço um mais precioso do que este grito de fé. O Senhor disse a Josué: " Olha, entreguei na tua mão Jericó, o seu rei e os seus valentes." Ele não disse: "entregarei", mas "entreguei". Jericó já lhes pertencia, e agora eles eram chamados a tomar posse dela. Mas a questão era: como? Parecia impossivel. Mas o Senhor declarou-lhes o seu plano.


Bem, não podemos absolutamente supor que aquele grito tenha causado a queda dos muros. Contudo, o segredo da vitória estava justamente naquele grito, pois era o grito de uma fé que, firmada somente na Palavra de Deus, ousava tomar como sua uma vit´´oria que lhes fora prometida, num momento em que não havia ainda sequer sinais dessa vitória. E segundo a sua fé, assim lhes foi feito por Deus, de modo que, quando gritara, ele fez cairem as muralhas.


Deus havia declarado que lhes tinha entregado Jericó, e a fé aceitou isto como sendo verdade. Muitos séculos depois, o Espirito Santo registrou em Hebreus esse triunfo da fé: "Pela fé, ruíram as muralhas de Jericó, depois de rodeadas por sete dias."




Texto extraido do livro "Mananciais no Deserto"


segunda-feira, 3 de setembro de 2007

03 de Setembro


" E, vendo-os em dificuldade a remar..." (Mc 6.48)

Não é o esforço extremo que leva a termo a obra que Deus nos dá para fazer. Só Deus mesmo, que sempre trabalha sem tensão e nunca em excesso, pode fazer a obra que dá a seus filhos. Quando eles descansam confiados nele para que a execute, então ela será bem feita e completa. A maneira de deixa-lo fazer a sua obra através de nós é participarmos de Cristo tão plenamente, pela fé, que Jesus transborde da nossa vida.
Um homem que aprendeu este segredo disse certa vez: " Eu vim a Jesus e bebi, e creio que nunca mais terei sede. Tomei como meu lema: Não trabalhar em excesso, mas transbordar; e isto já trouxe uma grande mudança à minha vida."
Em transbordar não há esforço. Possui uma força irresistivel, mas tranquila. É a vida normal a que Cristo nos convida hoje e sempre, em que ele mesmo é quem está sempre realizando tudo com a sua onipotencia.

" Na calma da ressurreição está o poder da ressurreição!"

Texto extraido do livro "Mananciais no Deserto"

02 de Setembro


"Porque vos foi concedida a graça de padecerdes..." (Fp 1.29)



O preço da escola de Deus é muito elevado. Muitas de suas lições são lidas através de lágrimas. Richard Baxter disse: " Ó Deus, eu te agradeço pela disciplina deste corpo, que já dura cinquenta anos." E ele não foi o unico que transformou a tribulação em triunfo.

Esta escola de nosso Pai celeste logo terminará para nós; nosso periodo escolar está cada dia mais perto do fim. Não fujamos de diante de alguma lição mais dificil, nem recuemos ante a vara da correção. Ao nos diplomarmos na glória, a coroa será mais bela, e o céu mais doce se tivermos suportado tudo alegremente.

A mais fina porcelana do mundo é queimada pelo menos três vezes e algumas mais de três vezes. A de Dresden sempre é queimada três vezes. E por que passa por esse calor intenso? Uma ou duas vezes deveriam ser suficientes. Não aquela porcelana precisa ser queimada três vezes para que os adornos de ouro e carmesim fiquem mais belos e se fixem nela permanentemente.
Em nossa vida somostrabalhados segundo o mesmo principio. Nossas provações ardem em nós uma, duas, três vezes. E pela graça de Deus as cores mais belas sao nela gravadas, e se fixam para sempre.

Texto extraido do livro "Mananciais no Deserto".

01 de Setembro


"... assentarei sa tuas pedras com argamassa colorida..." (Is 54.11)

As pedras da parede falaram assim: "Nós viemos de montanhas distantes, dos flancos daqueles montes escarpados. Fogo e água deram contra nós, durante séculos, mas só nos tornaram mais rijas. Mãos humanas nos transformaram numa habitação, onde filhos da sua raça imortal tem nascido, sofrido e se alegrado, e onde têm encontrado descanso e abrigo e aprendido as lições ensinadas pelo nosso Criador e seu. Mas passamos por muita coisa, a fim de sermos preparadas para este lugar. A polvora nos rasgou o coração e picaretas de operarios nos fenderam e quebraram, o que às vezes nos parecia sem proposito e sem sentido, a nós que estávamos ali, informes, na pedreira. Mas aos poucos fomos sendo cortadas em blocos, e algumas foram trabalhadas por instrumentos especiais ate terem quinas bem agudas. Agora, porém, estamos completas; cada uma ocupa seu lugar, e somos uteis.
"Voce ainda está na pedreira, e por isso muita coisa parece-lhe inexplicavel como o era para nós, tempos atrás. Mas você está destinado a um edifício muito mais importante, e um dia será colocado nele por mãos não humanas, e será uma pedra viva, num templo celeste."

Texto Extraido do Livro " Mananciais no Deserto."