quinta-feira, 6 de setembro de 2007

06 de Setembro


"... tu ... permaneces..." (Hb 1.11)

Há sempre muitas lareiras solitarias - sim, e quantas! E os que se assentam junto delas, ao lado da cadeira vazia, não podem conter as lagrimas que lhes brotam. Há pessoas que estão sempre muito sozinhas. Mas há um ser invisível ali mesmo ao seu alcance. É que, por alguma razão, não tomamos consciência da sua presença. Ter consciência desse fato é uma bênção, mas é raro. Pertence à disposição, aos sentimentos. Depende das condições do tempo e das condições fisicas. A chuva, a neblina lá fora, a noite mal dormida, a dor penetrante, estas coisas influem tanto em nossa disposição, que parecem obscurecer completamente aquela percepção. Mas há algo um pouco mais elevado do que ter consciência. É ainda mais maravilhoso. É independente de todas essas condições exteriores, e é algo que permanece. E é isto: o reconhecimento pela fé, daquela Presença invisivel, tão maravilhosa e tranquilizadora, que suaviza, acalma e aquece. Reconheça a presença dele, do Mestre. Ele está aqui, bem perto; sua presença é real. Reconhecer este fato nos ajudará a ter consciência dele tambem, mas o reconhecimento pela fé não depende de se ter ou não consciência dele.
Pois a propria verdade é uma Presença, não uma coisa ou mera afirmação.
Alguém está presente: um Amigo que nos quer bem, um Senhor todo-poderoso. E iso é uma confortante mesnagem para os corações que choram, qualquer que seja a razão das lagrimas.

Texto extraido do livro "Mananciais no Deserto"

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